segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Gula

Certo dia acordei com a maior vontade de comer brigadeiro. Fui até o armário da cozinha e vi que não havia leite condensado. Estava quase na hora do almoço, por isso decidi esperar para ir até o mercadinho depois.
Uma hora após a refeição comecei minha jornada, que apesar de ficar perto de casa, teria que subir duas ladeiras grandes na volta.
Estava quase chegando em casa quando passei por uma pessoa com um filhote de cachorro, que simplesmente morreu de amores por mim. E como eu amo animais, não resisti e parei para brincar um pouco com ele. O garoto que estava com cão era muito bonito e nós conversamos um pouco antes de eu voltar para o meu apartamento .
Estava na cozinha pegando tudo que seria necessário para fazer o brigadeiro, quando notei que não tinha nescau. Fiquei tão chatiada. Como era normal sempre ter nescau em casa nem procurei saber se ele estava lá ou não.
Fui até a varanda para olhar as ladeiras que teria que descer e subir novamente, e notei que o garoto com o cão ainda estavam encaminhando-se para a segunda. Não queria passar por ele de novo. Poderia achar que eu estava ali por sua causa.
Lembrei que havia uma padaria na direção oposta, então desci e fui verificar. Ela não estava mais lá, e me recordei que fazia pelo menos uns dois anos desde que tinha ido ali.
Decidi voltar ao mercadinho. O garoto com o filhote não estavam mais em meu caminho.
Tinha descido as duas ladeiras, e estava na rotatoria esperando para atravessar a rua. Já podia sentir o gosto do brigadeiro em minha boca, quando um carro para, e ao deslizar a janela vi que era um amigo meu. Queria saber para onde eu estava indo e se podia me dar uma carona. Meu superego entrou em um pequeno pânico. Não queria dizer que estava indo ao mercado, pois queria comer uma panela de brigadeiro. E naquele momento me deu um branco, não conseguia inventar uma desculpa para ele. Seria tão fácil dizer que estava indo a farmácia! Mas a única coisa que me veio a cabeça foi irformar-lhe que estava indo a casa de minha amiga que ficava em cima de uma outra ladeira.
Ele disse que poderia me levar lá, e eu fiquei sem poder dizer não, já que qualquer pessoa normal preferiria ir de carro, à ter que subir uma montanha à pé.
Ao chegar no prédio agradeci pela carona e fiquei conversando com o porteiro esperando que meu amigo fizesse a volta com o carro e fosse embora. Quando não havia mais sinal de seu celta vermelho, comecei a descer aquela bendita ladeira. Cheguei ao mercado e comprei o nescau.
No caminho de volta mil pensamentos passaram pela minha cabeça. Apesar de não ser religiosa, tinha certeza que aquilo tudo aconteceu pelo tamanho de minha gula e que Deus estava me castigando. Sei que provavelmente é só maluquisse minha, mas foi a única coisa que parecia fazer sentido. Tinha esperado todo mundo ir ao trabalho para poder comer tudo sozinha. e olha o que aconteceu.
Foi a gula.

6 comentários:

Aline Dianna disse...

Tsc, tsc! Que feio! Menina egoísta, nem chama a gente pra comer brigadeiro xD

Mas enfim... o que a gente não faz por um bom chocolate *-*

Fernanda Pedrecal disse...

Nandinha, da próxima vez compartilhe com seus colegas de faculdade! Hehehehehehe...

Me diverti muito com seu texto. :)

Beijocas!

Camila Melo disse...

kkkkkkkkkkkkkk
Adoreei o texto..muito engraçado!

até hj eu espero esse seu brigadeeiro!!
xDDD

beeeeeeeeejo!

Aline Barbosa disse...

huahauahauahaua
Foi a gula!
Podia dividir... fazer, guardar e levar pros colegas, mas não... Foi comer sozinha!
huaahahaa

Mas enfim... Acontece... xD

Bjo!
\o7

Rômulo disse...

Bem feito... gulosa ehaueuae
po nanda, tu foi foda nessa viu ehauehuahuea.

Eliana Mara Chiossi disse...

NANDINHA


conta tudo sobre o casamento no Paraná, em forma de crônica.
Vai ficar muito bom!

Conta, vai???


Beijos